O grupo de crocodilianos Eusuchia é conhecido desde o Cretácico Inferior (Barremiano), sendo Hylaeochampsa da Inglaterra o representante mais antigo deste grupo. No entanto, o registro de eusúquios do Barremiano ao Santoniano é muito escasso em todo o mundo. A diversidade de Eusuchia aumenta notavelmente durante o Campaniano - Maastrictiano com a radiação de Hylaeochampsidae e a primeira aparição de Allodaposuchidae e Gavialoidea na Europa, ou o registro mais antigo de Crocodylia com representantes de Alligatoroidea, Crocodyloidea, Borealosuchidae e Gavialoidea na América do Norte.
No Congresso de Paleontologia de Vertebrados que decorreu em Calgary, Octávio Mateus, Pedro Callapez e Eduardo Puértolas-Pascual apresentaram um novo exemplar de crocodilomorfo eusúquio baseado num crânio e mandíbula (ML1818) do início do Cenomaniano superior do Baixo Mondego (Fm. Tentúgal). O espécime apresenta uma série de caracteres exclusivos como presença de uma pequena fenestra mandibular externa sem participação surangular; aforma da barra postorbital e a forma da margem dorsal da fenestra infratemporal. A análise cladística resultante coloca este espécime na base dos Crocodylia em uma posição mais derivada do que Gavialoidea e como o táxone-irmão do resto dos Crocodylia. Por conseguinte, este espécime português representa o único Eusuchia bem documentado no Cenomaniano da Europa e provavelmente o representante mais antigo da Crocodylia em todo o mundo, ajudando a preencher uma lacuna do registo de Eusuchia e Crocodylia. Além disso, esta descoberta ajuda a esclarecer a radiação de Eusuchia e a origem dos Crocodylia, que provavelmente teria ocorrido na Europa.
No Congresso de Paleontologia de Vertebrados que decorreu em Calgary, Octávio Mateus, Pedro Callapez e Eduardo Puértolas-Pascual apresentaram um novo exemplar de crocodilomorfo eusúquio baseado num crânio e mandíbula (ML1818) do início do Cenomaniano superior do Baixo Mondego (Fm. Tentúgal). O espécime apresenta uma série de caracteres exclusivos como presença de uma pequena fenestra mandibular externa sem participação surangular; aforma da barra postorbital e a forma da margem dorsal da fenestra infratemporal. A análise cladística resultante coloca este espécime na base dos Crocodylia em uma posição mais derivada do que Gavialoidea e como o táxone-irmão do resto dos Crocodylia. Por conseguinte, este espécime português representa o único Eusuchia bem documentado no Cenomaniano da Europa e provavelmente o representante mais antigo da Crocodylia em todo o mundo, ajudando a preencher uma lacuna do registo de Eusuchia e Crocodylia. Além disso, esta descoberta ajuda a esclarecer a radiação de Eusuchia e a origem dos Crocodylia, que provavelmente teria ocorrido na Europa.
No entanto, devido à natureza fragmentada desses restos, embora a posição dentro de Eusuchia seja indubitavél, a posição filogenética deste espécime dentro de Crocodylia não é muito bem suportada. Assim, a recuperação de novos restos ajudaria a confirmar ou descartar essa hipótese.
Características dos Eusuchia (Mateus et al., 2017) |
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