As estatísticas divulgadas no passado mês de Março pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) colocam Portugal nos primeiros cinco países que mais evoluíram ao nível do indicador de produção científica, entre 2005 e 2015.
A liderar esta lista europeia encontra-se a Dinamarca, seguida da Suécia e da Finlândia. Portugal, colocado entre países como o Reino Unido e a Alemanha, posiciona-se como o país do sul da Europa que mais publicou na referida década. Registando uma taxa média anual de crescimento de 10%, Portugal ficou assim colocado em 11.º lugar, num total de 27, no que diz respeito ao número de artigos publicados por milhão de habitantes.
| Número de publicações indexadas na Web of Science por milhão de habitantes nos vários países da União Europeia: 2005 e 2015. Fonte: DGEEC. |
| Taxa de crescimento médio anual, entre 2005 e 2015, do número de publicações indexadas na Web of Science por milhão de habitantes nos vários países da União Europeia. Fonte: DGEEC |
Para se ter uma ideia quantificadora, no ano de 2015 foram publicados mais de 21 mil revisões e artigos científicos (numa média de 57,8 artigos por dia) em que pelo menos um dos autores tem afiliação a uma instituição nacional.
As análises a seguir apresentadas, referentes unicamente à produção científica portuguesa, resultam de apuramentos efetuados a partir da base de dados internacional InCitesTM (2016).
| Número de publicações portuguesas indexadas na Web of Science, por área científica: 2005, 2010 e 2015. Fonte: DGEEC. |
Quando se analisa o número de publicações portuguesas agrupadas por área científica, os primeiros três lugares vão para as Ciências Médicas e da Saúde, seguidas das Ciências Exactas, como a Matemática, a Física e a Química, e as Ciências da Engenharia e Tecnologias.
A maior taxa de crescimento anual regista-se ao nível das publicações portuguesas multidisciplinares (31%). Neste ponto, a Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência salienta que o número de publicações indexadas numa determinada área científica da Web of Science pode verificar um aumento devido um aumento real da produção científica nessa área e/ou à inclusão de mais revistas científicas dessa área no sistema de indexação da Web of Science. Estes dois motivos podem ter pesos distintos nos valores estimados para as diferentes áreas científicas.
| Taxa de crescimento médio anual, entre 2005 e 2015, do número de publicações portuguesas indexadas na Web of Science, por área científica. Fonte: DGEEC. |
A base de dados internacional InCitesTM (2016) comtempla a informação disponível em diversas bases de dados da Web of Science (SCI – Science Citation Index; SSCI – Social Science Citation Index; A&HCI – Arts & Humanities Citation Index; CPCI-S - Conference Proceedings Citation Index - Science; CPCISSH - Conference Proceedings Citation Index - Social Science & Humanities) e contém todos os registos bibliográficos, publicados nas revistas científicas indexadas, que possuam pelo menos um autor com endereço de uma instituição portuguesa.
| Colaboração internacional: percentagem de publicações portuguesas em co-autoria com instituições de outros países, 2005 e 2015. Fonte: DGEEC. |
| Evolução entre 2005 e 2015 do número de publicações portuguesas indexadas na Web of Science, por tipo de documento. Fonte: DGEEC. |
Fonte: Produção Científica Portuguesa, 1990-2015: Séries Estatísticas, Principais Resultados
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