domingo, novembro 06, 2016

Pegadas de pterossauros do Jurássico Português


Por serem de animais voadores e mais raros, as pegadas de pterossauros são relativamente pouco comuns quando comparadas com as de dinossauros, porventura também pela menor abundância, por produzirem menos pegadas durante o seu tempo de vida e pela dificuldade de serem reconhecidas.

Na Praia da Peralta, no Concelho da Lourinhã, foram recolhidas mais de 300 pegadas de pterossauro preservadas numa superfície com múltiplos trilhos em preenchimento natural, formando um molde de arenito. A jazida forneceu icnitos da mão e do pé, o que mostra claramente um caminhar quadrúpede, colocando uma pedras sobre a discussão de anos sobre se os pterossauros seriam bípedes. Além disso, esta pegadas mostram a existência de pterossauros Jurássicos muito maiores do que o que se conhece a partir de ossos.
Pegadas de pterossauro (ML1521) do Jurássico Superior, no Museu da Lourinhã
Simon Kongshøj Callesen

Pegadas de pterossauros (Pteraichnidae) do Jurássico Superior (Formação da Lourinhã, Kimmeridgiano/Titoniano) da Praia da Peralta foram o tema da tese de mestrado do agora Mestre Simon Kongshøj Callesen.

Simon nasceu na cidade de Esbjerg, Dinamarca, em 1989. No início de setembro de 2011, ingressou como estudante da Universidade do Sul da Dinamarca (University of Southern Denmark, Institute of Biology, The faculty of Nature Science) em Odense, Dinamarca. Lá ele obteve o grau de bacharel em Biologia em agosto de 2014 e agora o mestrado em Biologia em com a tese "New Pterosaur Tracks (Pteraichnidae) from the Late Jurassic of Praia da Peralta, Portugal", sob a nossa orientação e Prof. Dr. Donald Eugene Canfield.

A tese foi defendida dia 31 de Outubro em Odense e classificada com 12, a nota máxima no sistema dinamarquês.


1 comentário:

João Pedro disse...

Muito interessante sem dúvida, mas a fotografia do fóssil não tem ningum objetivo de referência para ter uma ideia do tamanho da pegada