quinta-feira, abril 29, 2004

NINHO DE PAIMOGO

Os dinossáurios eram os vertebrados de crescimento mais rápido?

Os dinossauros são os vertebrados com o crescimento mais rápido. Os dinossauros da Lourinhã corroboram com esses dados, conforme demonstrado nos estudos feitos por Ricqlés et al (2001).
RICQLÈS, A. DE; MATEUS, O.; ANTUNES, M. TELLES ; & TAQUET, P. (2001). Histomorphogenesis of embryos of Upper Jurassic Theropods from Lourinhã (Portugal). Comptes rendus de l'Académie des sciences - Série IIa - Sciences de la Terre et des planètes. 332(10): 647-656.


Os ovos depositados na Lourinhã seriam de crocodilo?

Na Lourinhã conhecem-se várias jazidas com ovos de dinossauros, entre as quais se destaca a jazida de Paimogo, como um enorme ninho de dinossauros terópodes. Entre mais de uma centena de ovos de dinossauros descobriram-se três ovos de crocodilo, os mais antigos do mundo. Essa ocorrência permite-nos pensar numa relação de comensalismo entre dinossauros e crocodilos durante o Jurássico.

O ninho de Paimogo é o maior e um dos + antigos ou o + antigo e um dos maiores?
O ninho de Paimogo tem cerca de 120 ovos o que o faz o maior ninho do mundo. Existem ovos ou cascas de ovos mais antigos, mas o ninho de Paimogo é a mais antiga estrutura de nidificação. É o único com embriões na Europa e possui os mais antigos ossos embriões do mundo (150 milhões de anos).

Octávio Mateus

IMPORTÂNCIA DO MUSEU DA LOURINHÃ

O Museu da Lourinhã, criado em 1984, possui a maior colecção de fósseis de dinossauros de Portugal, alguns são espécimes únicos. Possui vestígios de dezenas de espécies de animais e plantas do Jurássico Superior, com 150 milhões de anos, com é o caso de partes do esqueleto de Lourinhanosaurus, Dinheirosaurus, Draconyx, Camarasaurus, Apatosaurus, Allosaurus, Torvosaurus, Ceratosaurus, Dacentrurus, entre outros. Possui partes de crânios de dinossauros, facto único a nível nacional e raro a nível europeu.
Além de registo ósseo, o Museu da Lourinhã também é importante por outros vestígios como pegadas e ovos, em que se destaca o ninho de Paimogo, uma das mais importantes descobertas realizadas no domínio da Paleontologia em Portugal.
O Museu recebe milhares de visitantes por ano. O Museu da Lourinhã encontra-se num edifício do início do séc. XX que não foi concebido para museu. Por isso, esta instituição tem um projecto de modernização e de expansão a áreas adjacentes. Pretende-se ampliar o espaço exterior do edifício do Museu, de modo a criar um espaço lúdico/didáctico complementar da área expositiva. Esta ampliação permite, promover a imagem do complexo, e aumentar e diversificar a oferta turística do museu, em termos de produto cultural.
Este projecto apresenta assim duas valências: uma de complementaridade da exposição existente (função técnico-científica), e outra de diversidade viabilizando a execução de um programa cultural autónomo, mas integrado na estratégia do Museu (função turística).

Octávio Mateus


sábado, abril 24, 2004

POSSO FAZER TRABALHOS UNIVERSITÁRIOS NO MUSEU DA LOURINHÃ?

O Museu da Lourinhã dá apoio a estagiários e trabalhos universitários e técnicos. Biólogos, geólogos, museólogos, informáticos, formados em marketing, fotógrafos e outras formações superiores que estejam interessados em estagiar ou realizar trabalhos universitários devem contactar o Museu da Lourinhã, apresentando uma proposta.

quinta-feira, abril 22, 2004

Como viveram os dinossauros?

Tal como os animais actuais, os dinossauros adoptaram variadas estratégias de sobrevivência, alimentação, termo-regulação, tamanhos, formas, locomoção, etc. Os dinossauros foram um grupo muito bem sucedido e que ocupou os principais nichos ecológicos terrestres. Não se conhecem dinossauros marinhos.

Como se distinguem os dinossauros?

Os dinossauros eram répteis de sucesso. Distinguem-se dos outros répteis por terem os membros posteriores por baixo do corpo, ao contrário dos lagartos, crocodilos, tartarugas, mosassauros, pterossauros, etc. que têm os membros ao lado do corpo.

DINOSSAUROS DE PORTUGAL

Dinossauros em Portugal
Os vestígios de dinossauros só se podem encontrar nos terrenos sedimentares do Mesozóico (248 a 65 Milhões de anos; conhecida como a Era dos Répteis). Em Portugal esses sedimentos encontram-se numa mancha oeste desde o Cabo Mondego ao Cabo Espichel, e no Algarve. A área mais rica é a Região Oeste, com o epicentro na Lourinhã.

Os terópodes (carnívoros bípedes)
Ceratosaurus, dinossauro carnívoro primitivo
Lourinhanosaurus antunesi, dinossauro português descoberto na Lourinhã e de que também se conhecem ovos e embriões
Torvosaurus, com quase 2 toneladas foi o maior dinossauro carnívoro em Portugal
Allosaurus, este dinossauro é o carnívoro mais comum na América do Norte
Aviatyrannis jurassica, um antepassado da família do Tyrannosaurus rex
Euronychodon portucalensis, do Cretácico superior, é um dos dinossauros mais recentes de Portugal


Os saurópodes (os gigantes de pescoço comprido)
Apatosaurus, é o dinossauro mais comprido de Portugal
Lusotitan atalaiensis, espécie da família do famoso Brachiosaurus.
Dinheirosaurus lourinhanensis, descoberto em Porto Dinheiro, Lourinhã
Lourinhasaurus alenquerensis, descoberto perto de Alenquer


Os ornitópodes (herbívoros bípedes)
Draconyx loureiroi, dinossauro único, descoberto na Lourinhã
Iguanodon, Alocodon, Phyllodon e Trimucrodon, são conhecidos unicamente a partir de dentes.
Taveirosaurus costai, do Cretácico superior de Taveiro


Os tireóforos (os couraçados)
Dacentrurus armatus, com espinhos e placas, este foi um dos dinossauros mais comuns em Portugal
Dracopelta zbyszewskii, dinossauro couraçado com placas no dorso
Lusitanosaurus liasicus, dinossauro mais antigo de Portugal

por Octávio MATEUS

quinta-feira, abril 01, 2004

MUSEU DA LOURINHÃ

Localização:
Museu da Lourinhã
Rua João Luís de Moura, 2530-157 Lourinhã


Telefone: 261 414 003
Fax: 261 423 887

Email: geral@museulourinha.org
Site: www.museulourinha.org


Horário:
10h00-12h30, 14h30-18h30
Aberto todos os dias excepto Segundas e feriados de Inverno


SALA DOS DINOSSAUROS
Entre numa viagem de 150 milhões de anos! A Lourinhã encontra-se no epicentro de uma das mais ricas áreas de dinossauros do Jurássico Superior em todo o mundo e o Museu da Lourinhã possui, actualmente, a maior colecção de dinossauros do Jurássico Superior em Portugal (150 milhões de anos).

Um dos ex-libris é o ninho de Paimogo com os ovos e embriões de dinossauro carnívoro. É o mais antigo ninho do mundo e um dos maiores conhecidos. O único com embriões de dinossauro na Europa.

Podem observar-se esqueletos completos de dinossauros herbívoros e carnívoros, uma cauda com 8 metros, um braço com 4.5 metros de altura de dinossauros saurópodes (pescoço comprido), partes de esqueletos de estegossauros (dinossauro com placas), ornitópodes (herbívoros bípedes) e terópodes (carnívoros).

Além de ossos vários, crânios, dentes, pegadas, gastrólitos, coprólitos de dinossauros, o visitante pode ver fósseis de plantas, invertebrados, crocodilos, pterossauros e tartarugas.

Entre as principais espécies encontram-se o Lourinhanosaurus antunesi, Draconyx loureiroi, Allosaurus, Dacentrurus armatus, Lusotitan atalaiensis, Torvosaurus, Dinheirosaurus lourinhanensis entre outros dinossauros.

O visitante pode observar o Laboratório de Paleontologia, onde os fósseis são preparados.

SALA DA ARQUEOLOGIA

Na sala da Arqueologia encontram-se vestígios da actividade humana do Paleolítico até ao Romano. Pode-se observar: crânio do Neolítico, bifaces trabalhados, pedras de sílex, ânforas romanas, etc.

ETNOLOGIA AGRÍCOLA

O visitante mergulha no mundo da etnologia agrícola com a adega tradicional e artes relacionadas com a vinha e o vinho; eira, cultivo e colheita dos cereais; lavra e pesca artesanal.

SALA DAS PROFISSÕES ANTIGAS

É a representação da etnologia nacional numa sala onde estão representadas vinte e duas profissões antigas que já extintas, muito modificadas ou em vias de extinção tal como: o segeiro, o moleiro, o amolador, o carpinteiro, o tanoeiro, etc.

SALA DA ARTE SACRA

A arte sacra está representada por paramentos, estátua, oradores e uma espectacular maquete de uma igreja do séc. XIX.