sábado, abril 27, 2013

Horácio Mateus (1950-2013)

Morreu ontem, aos 62 anos de idade, Horácio Mateus, fundador do Museu da Lourinhã.

Nascido na Lourinhã em 1950, Horácio Mateus esteve envolvido, com outros lourinhanenses, na origem do GEAL, Grupo de Etnografia e Arqueologia da Lourinhã. Nesse seio, o Horácio foi, sem dúvida, o principal promotor do que seria a realização mais óbvia desta associação: o Museu, no qual empenhou o seu tempo e devoção e dedicou o seu espírito. 
Apesar de uma criação conjunta e imprescindível de muitos, Horácio Mateus merece o título do Fundador do Museu da Lourinhã.

Com a esposa, Isabel Mateus, foram os descobridores do famoso ninho de dinossauros de Paimogo, com embriões, o que lhes valeu, a nomeação de Figuras Nacionais do Ano em 1997, pela Revista Expresso. Foi um animado museógrafo e co-autor de três artigos científicos. Ocupou o cargo de Conservador do Museu da Lourinhã durante muitos anos. Apesar da visibilidade pública da temática dos dinossauros, a parte etnográfica e arqueológica era a sua grande paixão.

Adeus pai.

sexta-feira, abril 19, 2013

Palestra sobre os dinossauros portugueses, Sábado, 16h


Amanhã, sábado, farei uma palestra sobre os dinossauros portugueses, pelas 16h na Lourinhã. 
Mais informação no site do Museu da Lourinhã reproduzida de seguida:

Decorre no próximo sábado, dia 20, pelas 16:00, no auditório do Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira, uma palestra subordinada ao tema “Dinossauros portugueses”.

Esta palestra insere-se no designado “ciclo de conversas: quando as galinhas tinham dentes e os porcos tiverem asas”, promovida no âmbito da exposição “T rex: quando as galinhas tinham dentes”, patente ao público no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, até ao final do mês de agosto.

A exposição, muito visitada desde outubro passado, resulta da iniciativa do programa Ciência Viva, que convocou a comunidade científica nacional e conta com a colaboração de três museus: “Museu Geológico”, “Museu Nacional de História Natural e de Ciência” e “Museu da Lourinhã”.

Esta inédita mostra da paleontologia portuguesa é complementada pelo ciclo de conversas que vai ocorrendo mensalmente nos locais de referência.


Esta palestra, proferida por Octávio Mateus, aborda a riqueza, a diversidade e alguns aspetos curiosos dos dinossauros portugueses. Desde a descoberta dos primeiros vestígios em Portugal, há 150 anos, a riqueza de espécies de vertebrados fósseis não tem parado de aumentar, com achados que vão desde o Jurássico Inferior, há cerca de 195 milhões de anos (M.a.), até à extinção dos dinossauros não-avianos, no final do Cretácico, há 66 M.a.

Contudo é do Jurássico Superior (150 M.a.) que provem a maioria dos achados. Lourinhanosaurus e Lusotitan, com pescoços e caudas muito compridos, ou Miragaia longicollum, com espigões assustadores, são alguns exemplos de dinossauros encontrados na Região Oeste, para além de ovos e embriões únicos.

A “conversa” será seguida de uma visita ao Museu da Lourinhã e aos seus laboratórios.

O doutor Octávio Mateus colabora com o Museu da Lourinhã desde muito jovem, o que seguramente contribuiu para determinar a sua profissão: paleontólogo especialista em dinossauros.

Tendo realizado o doutoramento sobre os dinossauros de Portugal, com destaque para o Jurássico Superior, é atualmente professor na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Contam-se por mais de uma centena os artigos e comunicações científicas onde surge como autor ou coautor, tendo descrito mais de uma dezena de novas espécies para a Ciência e participado em múltiplas expedições internacionais, com destaque para Angola, Mongólia, Moçambique e Gronelândia.


sexta-feira, abril 05, 2013

Número de répteis conhecidos Cretácicos de Angola aumentou substancialmente

Um novo artigo mostra a existência de uma elevada diversidade de répteis no Cretácico de Angola, incluindo géneros de tartarugas nunca referenciadas em África e uma falange que parece ser de hadrossauro, o único em África.
O conhecimento dos répteis do Cretácico de Angola expandiu substancialmente nos últimos anos, com o trabalho do Projecto PaleoAngola. Conhecem-se agora 21 taxa do Cretácico, incluindo novas espécies como Prognathodon kiandaAngolatitan adamastor, e Angolachelys mbaxi.


Referência
Mateus, O., Polcyn M. J., Jacobs L. L., Araújo R., Schulp A. S., Marinheiro J., Pereira B., & Vineyard D.
 (2012).  Cretaceous amniotes from Angola: dinosaurs, pterosaurs, mosasaurs, plesiosaurs, and turtles. V Jornadas Internacionales sobre Paleontología de Dinosaurios y su Entorno. 71-105., Salas de los Infantes, Burgos.
LINK

Barbatana de plesiossauro


Abstract
Although rich in Cretaceous vertebrate fossils, prior to 2005 the amniote fossil record of Angola was poorly known. Two horizons and localities have yielded the majority of the vertebrate fossils collected thus far; the Turonian Itombe Formation of Iembe in Bengo Province and the Maastrichtian Mocuio Formation of Bentiaba in Namibe Province. Amniotes of the Mesozoic of Angola are currently restricted to the Cretaceous and include eucryptodire turtles, plesiosaurs, mosasaurs, pterosaurs, and dinosaurs. Recent collecting efforts have greatly expanded our knowledge of the amniote fauna of Angola and most of the taxa reported here were unknown prior to 2005.
.

Saurópodes podiam ter interclavícula, um osso previamente desconhecido em dinossauros

Novo estudo levanta a possibilidade de os saurópodes terem interclavícula, um osso previamente desconhecido em dinossauros.
O estudo por uma equipa de paleontologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa focou-se nos dinossauros diplodocídeos, em particular no recentemente descrito Kaatedocus., e sugere que a origem da fúrcula ("wish-bone") pode ser uma interclavícula em vez de duas clavículas fundidas.


Referência
Tschopp, E., & Mateus O. (2013).  Clavicles, interclavicles, gastralia, and sternal ribs in sauropod dinosaurs: new reports from Diplodocidae and their morphological, functional and evolutionary implications. Journal of Anatomy. 222,321-340.
LINK

Abstract
Ossified gastralia, clavicles and sternal ribs are known in a variety of reptilians, including dinosaurs. In sauropods, however, the identity of these bones is controversial. The peculiar shapes of these bones complicate their identification, which led to various differing interpretations in the past. Here we describe different elements from the chest region of diplodocids, found near Shell, Wyoming, USA. Five morphotypes are easily distinguishable: (A) elongated, relatively stout, curved elements with a spatulate and a bifurcate end resemble much the previously reported sauropod clavicles, but might actually represent interclavicles; (B) short, L-shaped elements, mostly preserved as a symmetrical pair, probably are the real clavicles, as indicated by new findings in diplodocids; (C) slender, rod-like bones with rugose ends are highly similar to elements identified as sauropod sternal ribs; (D) curved bones with wide, probably medial ends constitute the fourth morphotype, herein interpreted as gastralia; and (E) irregularly shaped elements, often with extended rugosities, are included into the fifth morphotype, tentatively identified as sternal ribs and/or intercostal elements. To our knowledge, the bones previously interpreted as sauropod clavicles were always found as single bones, which sheds doubt on the validity of their identification. Various lines of evidence presented herein suggest they might actually be interclavicles – which are single elements. This would be the first definitive evidence of interclavicles in dinosauromorphs. Previously supposed interclavicles in the early sauropodomorph Massospondylus or the theropods Oviraptor and Velociraptor were later reinterpreted as clavicles or furculae. 
Região do peito de dinossauro saurópode, com presença de clavículas e interclavícula .


Independent from their identification, the existence of the reported bones has both phylogenetic and functional significance. Their presence in non-neosauropod Eusauropoda and Flagellicaudata and probable absence in rebbachisaurs and Titanosauriformes shows a clear character polarity. This implicates that the ossification of these bones can be considered plesiomorphic for Sauropoda. The proposed presence of interclavicles in sauropods may give further support to a recent study, which finds a homology of the avian furcula with the interclavicle to be equally parsimonious to the traditional theory that furcula were formed by the fusion of the clavicles. Functional implications are the stabilizing of the chest region, which coincides with the development of elongated cervical and caudal vertebral columns or the use of the tail as defensive weapon. The loss of ossified chest bones coincides with more widely spaced limbs, and the evolution of a wide-gauge locomotor style.

Descrição de bizarras baleias-de-bico (Odontoceti, Ziphiidae)

Descrição de fósseis de bizarras baleias-de-bico (Odontoceti, Ziphiidae) pescado do fundo do Oceano Atlântico ao largo da Península Ibérica.

Referência:
Bianucci, G., Miján I., Lambert O., Post K., & Mateus O. (2013).  Bizarre fossil beaked whales (Odontoceti, Ziphiidae) fished from the Atlantic Ocean floor off the Iberian Peninsula. Geodiversitas. 35(1), 105-153.LINK


Abstract: 
Forty partial fossil skulls belonging to beaked whales (Cetacea, Odontoceti, Ziphiidae) were collected by trawling and long-line fishing on Neogene (probably Late Early to Middle Miocene) layers of the Atlantic floor off the coasts of Portugal and Spain (Asturias and Galicia). e systematic study of the most diagnostic Iberian specimens, those preserving the rostrum and the dorsal part of the cranium, led to the recognition of two new genera (Globicetus n. gen. and Imocetus n. gen.) and four new species (Choneziphius leidyi n. sp., G. hiberus n. gen., n. sp., I. piscatus n. gen., n. sp., and Tusciziphius atlanticus n. sp.).

Based on the matrix of a previous work, the phylogenetic analysis places all the new taxa in the subfamily Ziphiinae Gray, 1850. More fragmentary specimens are tentatively referred to the genera Caviziphius Bianucci & Post, 2005 and Ziphirostrum du Bus, 1868. Among these new ziphiids, extremely bizarre skull morphologies are observed. In G. hiberus n. gen., n. sp. the proximal portion of the rostrum bears a voluminous premaxillary spheroid. In T. atlanticus n. sp. a medial premaxillary bulge is present on the rostrum; together with asymmetric
rostral maxillary eminences at the rostrum base, this bulge displays various degrees of elevation in different specimens, which may be interpreted as sexual dimorphism. Specimens of I. piscatus n. gen., n. sp. bear two sets of even crests: spur-like rostral maxillary crests and longitudinal maxillary crests laterally bordering a wide and long facial basin. A preliminary macroscopic observation of these elements indicates very dense bones, with a compactness comparable with that of cetacean ear bones. Questioning their function, the high medial rostral elements (the premaxillary spheroid of G. hiberus n. gen., n. sp. and the medial bulge of T. atlanticus n. sp.) remind the huge rostral maxillary crests of adult males of the extant Hyperoodon ampullatus (Forster, 1770). In the latter, the crests are very likely related to head-butting. However, they are made of much more spongy bone than in the fossil taxa studied here, and therefore possibly better mechanically suited for facing impacts. Other interpretations of these unusual bone specializations, related to deep-diving (ballast) and echolocation (sound reflection), fail to explain the diversity of shapes and the hypothetical sexual dimorphism observed in at least part of the taxa. e spur-like rostral maxillary crests and long maxillary crests limiting the large facial basin in I. piscatus n. gen., n. sp. and the excrescences on the maxilla at the rostrum base in Choneziphius spp. are instead interpreted as areas of origin for rostral and facial muscles, acting on the nasal passages, blowhole, and melon. From a palaeobiogeographic point of view, the newly described taxa further emphasize the differences in the North Atlantic (including Iberian Peninsula) and South African Neogene ziphiid faunal lists. Even if the stratigraphic context is poorly understood, leaving open the question of the geological age for most of the dredged specimens, these differences in the composition of cold to temperate northern and southern hemisphere fossil ziphiid faunas may be explained by a warm-water equatorial barrier.

Crânio de Globicetus hiberus

Osteologia do saurópode Lusotitan atalaiensis


O saurópode português Lusotitan atalaiensis é alvo de uma nova re-descrição anatómica, publicada no Zoological Journal of the Linnean Society. 

Mannion, P. D., Upchurch P., Barnes R. N., & Mateus O. (2013).  Osteology of the Late Jurassic Portuguese sauropod dinosaur Lusotitan atalaiensis (Macronaria) and the evolutionary history of basal titanosauriforms. Zoological Journal of the Linnean Society. 1-109. LINK



Abstract Titanosauriforms represent a diverse and globally distributed clade of neosauropod dinosaurs, but their inter-relationships remain poorly understood. Here we redescribe Lusotitan atalaiensis from the Late Jurassic Lourinhã Formation of Portugal, a taxon previously referred to Brachiosaurus. The lectotype includes cervical, dorsal, and caudal vertebrae, and elements from the forelimb, hindlimb, and pelvic girdle. Lusotitan is a valid taxon and can be diagnosed by six autapomorphies, including the presence of elongate postzygapophyses that project well beyond the posterior margin of the neural arch in anterior-to-middle caudal vertebrae. A new phylogenetic analysis, focused on elucidating the evolutionary relationships of basal titanosauriforms, is presented, comprising 63 taxa scored for 279 characters. Many of these characters are heavily revised or novel to our study, and a number of ingroup taxa have never previously been incorporated into a phylogenetic analysis. We treated quantitative characters as discrete and continuous data in two parallel analyses, and explored the effect of implied weighting. Although we recovered monophyletic brachiosaurid and somphospondylan sister clades within Titanosauriformes, their compositions were affected by alternative treatments of quantitative data and, especially, by the weighting of such data. This suggests that the treatment of quantitative data is important and the wrong decisions might lead to incorrect tree topologies. In particular, the diversity of Titanosauria was greatly increased by the use of implied weights. Our results support the generic separation of the contemporaneous taxa Brachiosaurus, Giraffatitan, and Lusotitan, with the latter recovered as either a brachiosaurid or the sister taxon to Titanosauriformes. 



Vértebras caudais de Lusotitan atalaiensis 
Although Janenschia was recovered as a basal macronarian, outside Titanosauria, the sympatric Australodocus provides body fossil evidence for the pre-Cretaceous origin of titanosaurs. We recovered evidence for a sauropod with close affinities to the Chinese taxon Mamenchisaurus in the Late Jurassic Tendaguru beds of Africa, and present new information demonstrating the wider distribution of caudal pneumaticity within Titanosauria. The earliest known titanosauriform body fossils are from the late Oxfordian (Late Jurassic), although trackway evidence indicates a Middle Jurassic origin. Diversity increased throughout the Late Jurassic, and titanosauriforms did not undergo a severe extinction across the Jurassic/Cretaceous boundary, in contrast to diplodocids and non-neosauropods. Titanosauriform diversity increased in the Barremian and Aptian–Albian as a result of radiations of derived somphospondylans and lithostrotians, respectively, but there was a severe drop (up to 40%) in species numbers at, or near, the Albian/Cenomanian boundary, representing a faunal turnover whereby basal titanosauriforms were replaced by derived titanosaurs, although this transition occurred in a spatiotemporally staggered fashion.

quinta-feira, abril 04, 2013

Quatro novas espécies fósseis de baleias-de-bico descobertas no Atlântico



Uma equipa internacional de investigadores, constituída por Giovanni Bianucci (Università di Pisa, Itália), Miján Ismael (Sociedade Galega de Historia Natural, Espanha), Olivier Lambert (Institut Royal des Sciences
Naturelles, Bélgica), Post Klaas (Natuurhistorisch Museum Rotterdam, Holanda) e Octávio Mateus (Museu da Lourinhã, Portugal), acaba de publicar importantes achados na Geodiversitas, revista científica
especializada em Paleontologia. Durante os últimos cinco anos, a equipa estudou fósseis de cetáceos
recuperados, durante a pesca por arrasto, a profundidades que variam entre 500 e 1500 metros, e descreveu quatro novas espécies de baleias-de-bico que viveram em águas atlânticas próximas da Península
Ibérica, provavelmente, entre 20 e 14 milhões de anos atrás, durante o Miocénico.
Pescadores doaram aqueles exemplares ao Museu da Sociedade Galega de História Natural (SGHN) e ao Museu da Lourinhã, para que o seu estudo pudesse ser realizado.



Esta descoberta é uma das mais importantes, a nível mundial, dada a sua repercussão no conhecimento da
biologia evolutiva dos cetáceos, à qual se têm dedicado vários cientistas, tal é a relevância deste tema na
Paleontologia. Em 2007, Ismael Miján publicou um relatório preliminar sobre dois crânios doados à SGHN que foram o ponto de partida para a investigação. Durante os últimos cinco anos, a equipa conseguiu examinar mais de 40 crânios pertencentes a coleções oficiais (guardados e, em muitos casos, esquecidos, a maioria deles estão na SGHN e na Lourinhã, cujas coleções de fósseis de baleias-de-bico estão entre as mais importantes do mundo), assim como cerca de uma centena de espécimes de coleções não oficiais, muitas delas correspondentes a espécies desconhecidas para a ciência.
As quatro espécies foram agora designadas como Choneziphius leidyi, Tusciziphius atlanticus, Imocetus
piscatus e Globicetus hiberus. Têm características anatómicas únicas, nunca antes encontradas noutras
espécies de cetáceos, e apresentam claro dimorfismo sexual (diferenças entre machos e fêmeas) nas estruturas ósseas. O Globicetus hiberus, por exemplo, tem na parte frontal do crânio uma grande esfera de muito elevada densidade óssea e de grandes proporções que serviria de proteção contra golpes de cabeça infligidos durante os combates entre machos e, além disso, poderia desempenhar um papel peculiar no seu sistema bioacústico (sonar natural) desconhecido até ao momento.
Dois destes géneros tinham sido já encontrados em costas europeias e na costa leste dos Estados Unidos,
evidenciando que as baleias-de-bico estiveram amplamente distribuídas no Atlântico Norte durante o
Neogénico. Mas, surpreendentemente, nenhum destes zifídeos ibéricos foi encontrado na África do Sul (onde alguns dos investigadores da equipa estudaram uma grande coleção de fósseis de baleias-de-bico) e isso poderia sugerir que as águas quentes equatoriais terão funcionado como barreira natural, separando as duas populações de baleias-de-bico, as de águas frias e as de águas temperadas.
As instituições envolvidas na pesquisa, e especialmente a SGHN e o GEAL – Museu da Lourinhã, valorizam a colaboração dos pescadores que doaram os espécimes, uma atitude generosa e indispensável para a realização do estudo.