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Notícia do Público: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1352523
Paleontologia
Paleontologia
09.12.2008 - 16h04 Ana Machado
A partir de amanhã as pegadas de dinossauros da Pedra da Mua (Cabo Espichel), da Pedreira do Galinha (na Serra de Aire) e de Vale de Meios, terão uma nova vida...digital. Uma equipa de paleontólogos do Instituto Catalão de Paleontologia e da Universidade de Manchester, em colaboração com o Museu Nacional de História Natural vai começar a digitalização das pegadas com o objectivo de conseguir imagens tridimensionais daqueles monumentos paleontológicos.Chama-se LIDAR - Laser Imaging Detection and Ranging- a esta tecnologia que permitirá o estudo mais aprofundado dos aspectos da locomoção, do comportamento social e dos hábitos dos dinossauros que por ali viveram entre o Jurássico Médio até ao Cretácico Superior, há 145 a 60 milhões de anos.
De acordo com um comunicado do Museu Nacional de História Natural, trata-se de uma tecnologia habitualmente usada na prospecção petrolífera que permite o registo da pegada através de um varrimento laser e a sua captação num aparelho receptor. “Os dados obtidos serão coordenados com os provenientes de uma câmara e de um GPS e o material destas três proveniências será depois enviado para um computador portátil e, posteriormente, um programa permitirá produzir um modelo virtual 3D muito pormenorizado”, diz o mesmo comunicado.
Para além do estudo ao pormenor das pistas, que esta técnica permite, os especialistas envolvidos, que usaram pela primeira vez este tipo de digitalização nas pistas de dinossáurios na localidade de Fumanya, a norte de Barcelona, afirmam que as imagens serão um recurso igualmente importante para a investigação e divulgação científica do património paleontológico português, para a educação ambiental e turismo da natureza.
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O Museu da Lourinhã e a empresa portuguesa B'Lizzard realizaram há alguns anos a mesma técnica em pegadas de dinossauros em Olhos de Água, em Óbidos. A jazida foi toda digitalizada com um scanner laser Minolta para preservar a informação daquela jazida em risco de erosão permanente.
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