segunda-feira, novembro 10, 2008

Sistemática lineana vs. cladística

Diferença na classificação taxonómica linneana (A) e filogenética (B) (retirado de Mateus, 2008)
Os métodos de classificação dos animais mudaram radicalmente ao longo dos tempos. Devemos ao sueco Carolus Linnaeus (1707-1778) a sistematização das classificações taxonómicas e ao que ainda hoje denominado o método lineano, mas Willi Hennig (1913-1976) revolucionou a sistemática com a apresentação de uma ideia genialmente simples: a evolução e organização das espécies deverá obedecer a regras de parcimónia. 
Na figura vemos a classificação dos vertebrados numa perspectiva (A) lineana, desactualizada, e (B) filogenética, mais moderna. Antes da compreensão da evolução e da classificação filogenética, os paleontólogos tinham dificuldades em classificar animais como o Acanthostega, Cyclotosaurus, Dimetrodon e Archaeopteryx, que partilhavam características entre dois grupos de animais, sendo encarados como “fósseis de transição”. Actualmente estes têm o seu lugar bem definido na árvore filogenética e o atributo de “fóssil de transição” já não faz sentido. Repare-se que o grupo dos “peixes” já não é empregue por ser parafilético. A primeira metodologia de classificação foi proposta por Carolus Linnaeus e a segunda por Willi Hennig , nas imagens respectivamente.

A imagem acima foi publicada em:
MATEUS, O. 2008. Fósseis de transição, elos perdidos, fósseis vivos e espécies estáveis, pp. 77-96, in Levy et al. (eds.), Evolução: História e Argumentos. ISBN: 978-989-8025-55-5.  

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