sábado, janeiro 19, 2008

Investimentos no Jurássico

Reposição da notícia "Empresário inglês equaciona construir um parque de diversões jurássico na Lourinhã: Dinossauros divertidos" do Jornal Alvorada (http://www.alvorada.pt/noticia.php?id=2909 em 2008-01-19).


Empresário inglês equaciona construir um parque de diversões jurássico na Lourinhã: Dinossauros divertidos

Foi há poucos dias que a Câmara Municipal da Lourinhã recebeu a proposta do empresário inglês Shivendra Rajan Sahay: está disposto a construir na Lourinhã, junto ao futuro Parque do Jurássico da vila, o “Mundo dos Dinossauros”, um mega-parque de divertimentos sob a temática dos dinossauros. Excêntrico? Só o futuro o dirá.


Esta mini-Disneylandia, à escala ibérica, como o próprio Shivendra Rajan Sahay explicou ao ALVORADA, está agora a ser estudada por uma equipa de especialistas da matéria, liderada pelo também britânico Simon Odi e que incluiu o arquitecto Keith Gray, que estiveram de visita à Lourinhã no passado dia 11, sexta-feira, aproveitando a escala de uma viagem de regresso da Nova Zelândia.

Acompanhado pela sua equipa, Simon Odi foi recebido nos Paços do Concelho, onde o presidente José Manuel Custódio e os vereadores João Duarte Carvalho e José Tomé explicaram o projecto que o município pretende edificar às portas da vila.

Simon Odi gostou do que viu. Depois da reunião na Câmara Municipal, visitou ainda o Museu da Lourinhã, onde o paleontólogo Octávio Mateus fez uma visita guiada ao espólio do GEAL. Ainda antes do almoço na Praia da Areia Branca e da partida para Londres, houve tempo para visitar os terrenos apontados para o projecto da CML/GEAL, no Lourim.

Em declarações aos jornalistas, o especialista em parque de diversões explicou que para o desenvolvimento de um projecto de divertimento seja lucrativo, tem que ser “um produto único”. Pelo menos na Europa. E agradou-lhe a temática dos dinossauros e do período do Jurássico. À partida, a Lourinhã possui algumas vantagens competitivas, como a proximidade a Lisboa e vias de comunicação terrestres que, futuramente serão ainda melhores, com a construção do IC11 e da sua ligação à A8. “Pode-se chegar aqui, vindo de Lisboa, em apenas 45 minutos, e isso significa que pode abranger um potencial de milhões de pessoas, que poderão vir aqui em apenas um dia, bem como os muitos turistas que visitam esta costa”, sublinhou.

Ou seja, há uma clientela muito grande que pode ser cativada para visitar o futuro parque.

Baseando-se na sua experiência profissional, sublinhou que “as famílias estão sempre à procura de locais para passarem os tempos livres com os seus filhos, quer estejam ou não em férias”.

Daí que o tema dos dinossauros seja muito popular entre nós. “A chave do sucesso de um parque de diversões é criar condições para que o visitante regresse outra vez, porque há algo de novo ou diferente. Pelo que ouvi até agora é uma boa ideia”, disse Simon Odi, que já apoiou a construção de parques temáticos em todo o mundo, através da empresa Grant Leisure, que concebeu, planeou, desenhou, montou e lançou operações de marketing de algumas das maiores atracções mundiais, visitadas anualmente por mais de 120 milhões de pessoas. A última está a nascer no Dubai, no Médio Oriente: trata-se do ‘Dubailand’, um parque-safari que está a ser criado no deserto deste riquíssimo país.

Dentro de mês e meio é esperado umrelatório de Simon Odi para Shivendra Rajan Sahay. Será com base neste documento que o empresário de origem indiana tomará uma decisão final em relação a este mega-investimento, que, se for para a frente, terá um investimento de vários milhões de euros, para captar mais de 250 mil visitantes por ano. Proprietário da sociedade anónima imobiliária Obrana Construções de Imóveis, com sede nas Caldas da Rainha, Shivendra Rajan Sahay está radicado no nosso país há 13 anos e tem desenvolvido vários projectos imobiliários na nossa região, nomeadamente no empreendimento Praia d’Del Rey, no concelho de Óbidos.

O empresário tem também projectada a construção de cerca de 300 moradias em Vale Geões, na Lourinhã, aguardando que o município defira os pedidos de licenciamento.

Para a construção do parque de diversões da Lourinhã, Shivendra Rajan Sahay está disposto a adquirir cerca de 100 hectares na zona contígua ao futuro “Mundo dos Dinossauros”.

Aparentemente, dinheiro não será problema para alcançar o seu objectivo, que passa, ainda, pela construção de um hotel para receber os visitantes do seu parque temático. Naquela que seria uma operação pioneira na Península Ibérica, e talvez única na Europa, o empresário dependerá a sua decisão final no resultado do relatório de Simon Odi, cuja visita-relâmpago terá custado cerca de 40 mil euros.

“Mundo dos Dinossauros”: projecto em fase de conclusão

A construção do “Mundo dos Dinossauros”, o parque e museu temático - com um grande jardim recreando o jurássico - que a Câmara Municipal da Lourinhã pretende construir, numa parceria como GEAL, nada tema ver como possível parque de diversões de Shivendra Rajan Sahay. O presidente José Manuel Custódio, que apoia a ideia do promotor inglês, pretende entregar até Março a candidatura do projecto ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) e beneficiar dos fundos comunitários que, sublinhou, estão praticamente garantidos. Orçado em cerca de 20milhões de euros, os apoios deverão chegar aos 17 milhões. Os restantes três milhões serão, se tudo correr bem, financiados por Shivendra Rajan Sahay, que se pretende associar ao projecto.

O modelo de gestão ainda não está totalmente definido, mas será abandonada a ideia lançada pela empresa Audax - e apresentada no último feriado municipal - que defendia a constituição de uma fundação de direito privado. José Manuel Custódio inclina-se mais para a constituição de uma Empresa Municipal.

Como o Plano Estratégico do Oeste, elaborado pelo economista Augusto Mateus para a Associação de Municípios do Oeste, classificou este empreendimento de “estratégico”, José Manuel Custódio conseguiu que o mesmo fosse inscrito na lista de obras “prioritárias” para receberem financiamento do QREN, esperando que até ao Verão receba a aprovação para poder lançar o concurso das obras. Se tudo correr bem, pretende que o “Mundo dos Dinossauros” seja inaugurado em2010 e que tenha o quíntuplo das visitas do Oceanário de Lisboa, 230mil visitantes, de acordo como estudo de viabilidade económica da Audax, que vai ser seguido pelo município como linha orientadora.

in Jornal Alvorada

1 comentário:

Anónimo disse...

ainda não percebi muito bem mas parece que anda tudo aos dinossauros.o GEAL com tão pouco e muito esforço fez tanto e agora mete-se a câmara e os ingleses...ui!eu sei que o museu necessita de umas instalações melhores mas será que depois as coisas não vão ser diferentes?e lembrem-se, apesar da mais velha aliança do mundo ser entre Portugal e a Grã-Bretanha, nós nunca lucramos nada com ela.x