Cabeça de dinossauro saurópode Europasaurus holgeri, por Thomas Laven. |
Estes dinossauros evoluíram a partir de dinossauros bípedes do Triásico superior, há mais de 200 milhões de anos, de um ou dois metros de comprimento que vão gradualmente aumentando de dimensão, adaptando-se a uma regime alimentar exclusivamente herbívoro, com um aumento do comprimento do pescoço.
Os dinossauros saurópodes foram os maiores animais que alguma vez caminharam sobre a Terra. Apesar de algumas espécies chegarem a atingir quase 40 metros de comprimentos, e mais de 80 toneladas de peso, nem todos eram assim tão grandes e alguns eram considerados anões, como o Europasaurus, com seis metros de comprimentos. Algumas baleias actuais, como a baleia-azul com 172 toneladas superam os maiores dinossauros em massa corporal.
Algumas estimativas dizem-nos que, para conseguir bombear o sangue até à cabeça, o coração de algum dos maiores dinossauros saurópodes tinha de ter quase meia tonelada. Todos os saurópodes eram quadrúpedes, isto é, caminhavam sobre as quatro patas. Apesar das limitações corporais, é provável que fossem suficientemente ágeis para se levantarem sobre as patas traseiras em situações de perigo ou para se alimentarem de ramos mais altos.
O corpo evoluiu para se adaptar ao grande peso, pelo que as vértebras começaram a ganhar espaços ocos com sacos de ar, ficando mais leves, enquanto que os membros eram compactos e resistentes. Os dedos perderam gradualmente algumas falanges e as patas ficaram mais simples e resistentes.
Os dinossauros saurópodes eram todos herbívoros, mas a sua estratégia de alimentação variava conforme a espécie. Os braquiossauros alimentavam-se da copa das árvores enquanto os diplodocídeos da vegetação rasteira. Os camarassauros cortavam a vegetação com os dentes, enquanto que os titanossauros ripavam-na. Nenhum saurópode conseguir mastigar a vegetação por não ter molares nem nenhuma outra estrutura bocal de mastigação. Em contrapartida, moíam os alimentos com auxílio de seixos que engoliam, os gastrólitos.
Durante o Cretácico os saurópodes entraram em declínio quando confrontado com os hadrossauros, mais adaptados à mastigação, extinguido-se por completo há 66 milhões de anos.
Em Portugal existiam, entre outros, os seguintes dinossauros saurópodes do Jurássico tardio: Lusotitan, Zby, Supersaurus (=Dinheirosaurus) e Lourinhasaurus.
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