segunda-feira, julho 03, 2017

Anfíbio e réptil do Triásico expostos no Museu Nacional de Arqueologia

Está patente, desde o passado dia 21 de Junho, na galeria poente do Museu Nacional de Arqueologia, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, a exposição monográfica "Loulé. Territórios, Memórias e Identidades".

Fachada da entrada da exposição. Fotografia por Nathaly Rodrigues.

A exposição é uma iniciativa conjunta dos Museus Nacional de Arqueologia e Municipal de Loulé e reúne um acervo com mais de 500 bens culturais que testemunham os últimos sete milénios de história do maior e mais povoado concelho do Algarve, Loulé. Os bens culturais provêm de 13 instituições distintas, entre as quais se destacam o Museu Municipal de Loulé e o Museu Monográfico do Cerro da Villa, o Museu Nacional de Arqueologia, o Arquivo Municipal de Loulé, a UNIARQ – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, os Museus Municipais de Faro, da Figueira da Foz, de Arqueologia de Albufeira e de Silves, a Universidade do Algarve, a Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, o Museu da Lourinhã e a Imprensa Nacional Casa da Moeda.
A mostra divide-se em vários núcleos que revelam os achados paleontológicos e arqueológicos que melhor testemunham a história do concelho de Loulé. 
O ponto de partida da exposição é dedicado ao apontamento "Loulé há mais de 220 milhões de anos" onde se destacam os achados paleontológicos, com 227 milhões de anos, realizados por uma equipa internacional de investigadores, liderada pelo paleontólogo e investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã, Octávio Mateus. 
Acompanhados por ilustrações de Joana Bruno, alguns dos resultados de seis anos de escavações paleontológicas, um crânio e uma mandíbula de Metopossaurus algarvensis e uma mandíbula e dentes de fitossauro, anfíbio e réptil do Triásico respectivamente, compõem este primeiro momento expositivo.
Núcleo expositivo dedicado aos achados paleontológicos da região de Loulé. Fotografia por Nathaly Rodrigues.

Metopossaurus algarvensis. Ilustração por Joana Bruno. Fotografia por Nathaly Rodrigues.

Crânio e mandíbula de Metopossaurus algarvensis. Fotografia por Nathaly Rodrigues.

Fitossauro. Ilustração por Joana Bruno. Fotografia por Nathaly Rodrigues.

Mandíbula e dentes de fitossauro. Fotografia por Nathaly Rodrigues.

Seguem-se outros testemunhos importantes para o concelho, divididos em três secções: a secção Territórios, que apresenta o concelho na sua diversidade geomorfológica - o litoral, a serra e o barrocal, a secção Memórias, que expõe, por ordem cronológica, sete núcleos arqueológicos onde figuram, a título exemplificativo, a escrita do sudoeste e as mais antigas actas conhecidas em Portugal , e a secção Identidades, onde são revelados os rostos de achadores, cuidadores e doadores de bens culturais de Loulé. 
A exposição, comissariada por Victor S. Gonçalves, Catarina Viegas e Amílcar Guerra, da Universidade de Lisboa, Helena Catarino, da Universidade de Coimbra e Luís Filipe Oliveira, da Universidade do Algarve, estará aberta ao público até 30 de Dezembro de 2018.

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