Charles Darwin (1809 – 1882) lidou muito com fósseis mas pouco ou nada com dinossauros. Contudo, alguns dos seus colegas trabalharam com este grupo de animais.
Entre eles, destaca-se Richard Owen (1804 –1892), praticamente arquinimigo de Darwin, mas teve um papel brilhante para a História Natural na criação do Museu de História Natural de Londres. Richard Owen era um brilhante anatomista e também é o autor da palavra dinossauro na versão Dinosauria (latinizado do grego) e dinosaur (inglês), que derivam da conjugação das palavras gregas deinos=terrível + saurus=lagarto. Apesar da etimologia grega, o vocábulo dinossauro entra no Português através da versão inglesa dinosaur, e por isso, na prática, 99% do mundo lusófono usa dinossauro em vez de dinossáurio. Owen conhecia os ossos como ninguém e descreveu numerosos fósseis de dinossauros, entre os quais o estegossauro Dacentrurus armatus que mais tarde foi descrito para Portugal.
Outro contemporâneo de Darwin foi Thomas Huxley (1825 – 1895) que foi dos primeiros a sugerir que as aves descendem de dinossauros, ao analisar os esqueletos de Compsognathus e Archaeopteryx. Ele era um grande divulgador de Ciência, fervoroso defensor da Teoria da Evolução, e criou a palavra "agnóstico". O seu estilo combativo valeu-lhe a alcunha de O Bulldog de Darwin.
As estátuas destes três cientistas estão no Museu de História Natural de Londres e mostram um pormenor interessante e curioso: as suas mãos. Owen, que era excelente anatomista e osteologista, segura um fémur de Moa, numa estátua esteve no topo da escadaria central até à poucos anos, mas foi substituída pela de Darwin e remetida para uma galeria lateral; Darwin era recatado, as suas mãos seguram-se mutuamente; Huxley, combativo, cerra o punho como se estivesse preparado para a luta.
Darwin sempre mostrou interesse por fósseis mas não estudou dinossauros. |
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