As pegadas são obviamente uma depressão no substrato causada pela compressão do solo devido ao peso de um animal. Portanto é normal que imaginemos pegadas de dinossauros como depressões mais ou menos côncavas na rocha. Contudo, nos terrenos de rochas de ambientes continentais do Jurássico Superior de Portugal nem sempre é assim. As pegadas de dinossauros mais comuns são conservadas como preenchimento arenítico da pegada formando um molde natural do icnito, ou um contra-molde do pé.
Os saurópodes foram os maiores animais que já caminharam sobre a terra, e evoluíram com várias especializações nos seus membros a fim de apoiarem a sua enorme massa corporal. Os membros de saurópodes derivados tornaram-se colunares e seus dedos dos membros anteriores (mãos) simplificaram-se reduzindo o número de falanges e encapsularam-se num tecido para formar um apoio único que suporte o peso.
Os saurópodes foram os maiores animais que já caminharam sobre a terra, e evoluíram com várias especializações nos seus membros a fim de apoiarem a sua enorme massa corporal. Os membros de saurópodes derivados tornaram-se colunares e seus dedos dos membros anteriores (mãos) simplificaram-se reduzindo o número de falanges e encapsularam-se num tecido para formar um apoio único que suporte o peso.
No Jurássico Superior da Lourinhã, têm sido recolhidas preenchimento de pegadas das patas anteriores preservadas em três-dimensões (Milàn et al., 2005) num formato cilíndrico de arenito que assenta no substrato original que foi pisado: um argilito. Estas pegadas mostram não só a forma, mas também os movimentos reais da pata do saurópode ao fazer a pegada. Num dos caso, aqui figurado, o icnito tem 32 cm de profundidade, numa forma cilíndrica e sem quaisquer impressões de dedos individuais, com exceção do dígito I, o polegar. Vêm-se ainda estrias verticais bem preservadas de pele nas paredes laterais da pegada que mostram que a pata estava coberta de pele áspera, tuberculosa, constituída por escamas. A largura da pegada é consistente de cima a baixo, demonstrando que a pata desceu e subiu verticalmente sem sinais qualquer movimento horizontal. Isto implica que o membro superior teria de dobrar as suas articulações de forma eficiente.
Referência:
Milan, J, Christiansen P, Mateus O. 2005. A three-dimensionally preserved sauropod manus impression from the Upper Jurassic of Portugal: Implications for sauropod manus shape and locomotor mechanics. Kaupia. 14:47-52. PDF
Abstract: Sauropods were the largest animals ever to walk the earth, and evolved several specializations in their limbs in order to support their body mass. Their legs became columnar and their manual digits became reduced and encapsulated in tissue to form a single weight-bearing unit in the derived sauropods. A new three-dimensionally preserved cast of a sauropod manus, found in the Upper Jurassic Lourinhã Formation, Portugal, demonstrates not only the shape, but also the actual movements of the sauropod manus during the stride. The manus cast is 32 cm deep, and show the manus to be hoof-shaped and lacking any impressions of individual digits, except for digit I, the pollex. Well preserved striations from skin on the sides of the cast show that the manus was covered in rough, tubercular skin. The width of the manus cast is consistent from top to bottom, demonstrating that the manus was brought down and lifted vertically before any parasagittal movement of the upper limb took place.
Abstract: Sauropods were the largest animals ever to walk the earth, and evolved several specializations in their limbs in order to support their body mass. Their legs became columnar and their manual digits became reduced and encapsulated in tissue to form a single weight-bearing unit in the derived sauropods. A new three-dimensionally preserved cast of a sauropod manus, found in the Upper Jurassic Lourinhã Formation, Portugal, demonstrates not only the shape, but also the actual movements of the sauropod manus during the stride. The manus cast is 32 cm deep, and show the manus to be hoof-shaped and lacking any impressions of individual digits, except for digit I, the pollex. Well preserved striations from skin on the sides of the cast show that the manus was covered in rough, tubercular skin. The width of the manus cast is consistent from top to bottom, demonstrating that the manus was brought down and lifted vertically before any parasagittal movement of the upper limb took place.
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