quarta-feira, março 24, 2010

Histologia e saurópodes


Nestas duas últimas semanas andei pela Europa central, nomeadamente em Bona (Alemanha) e Aathal, perto de Zurique (Suíça), a ter formação em histologia e a estudar dinossauros saurópodes.

Eramos três representantes do nosso Departamento de Ciências da Terra da Universidade Nova de Lisboa (eu e os dois estudantes de doutoramento Chirstophe Hendrickx e Emanuel Tschopp) no curso de histologia (tecidos) na Universidade de Bona, num curso de poucos dias feito pelo paleontólogo Martin Sander, daquela Universidade. Eu publiquei com este paleontólogo o dinossauro anão Europasaurus na revista Nature, e é considerado um dos melhores nesta área da histologia de dinossauros, neste caso tecidos ósseos. Soube tão bem voltar a ser aluno outra vez (se bem que era o único PhD a assistir) e foi um boa forma de consolidar o conhecimento.

Foto: corte transversal do fémur de embrião de Lourinhanosaurus mostra que cresciam a grande velocidade, numa foto pelo "pai" da paleohistologia Armand de Ricqlès (Ricqlès et al, 2001).


Foto de grupo nos laboratórios da Universidade de Bona.



Depois fui para o SaurierMuseum Aathal, perto de Zurique, com o objectivo de estudar os saurópodes, nomeadamente os diplodocídeos e um esqueleto quase completo de Camarasaurus.
É incrível quão pouco conhecemos um dos mais bem conhecidos saurópodes, o Camarasaurus e até mesmo com um esqueleto quase completo (apenas faltando parte da cauda) não era conhecida a espécie exacta. O SaurierMuseum Aathal tem uma colecção fantástica de fósseis de Wyoming, EUA, incluindo vários esqueletos de dinossauros, como o Othnielasaurus, Allosaurus fragilis, Diplodocus, Camarasaurus, e Apatosaurus.



Foto do saurópode Camarasaurus, alcunhado "ET".





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