terça-feira, novembro 03, 2009

Teia de aranha do Cretáceo chegou aos nossos dias

Teia de aranha do Cretáceo chegou aos nossos dias


Cientistas da Universidade de Oxford publicam artigo no «Journal of the Geological Society»

2009-11-02

Fios da teia de aranha do Cretáceo
Fios da teia de aranha do Cretáceo
Foi identificada a teia de aranha mais antiga até agora encontrada. Cientistas da Universidade de Oxford tiveram a sorte de lhes ir cair nas mãos esta preciosidade encontrada por um grupo de «caçadores de fósseis».

Na zona de Sussex, muito propícia a revelar vestígios de dinossauros, o grupo deparou-se com um estranho âmbar que entregou ao investigador Martin Brasier. Do início do Cretáceo, este raro âmbar continha, além dos fios da teia, excrementos de insectos, micróbios e matéria vegetal. O estudo foi agora publicado «Journal of the Geological Society».

No Cretáceo inferior o planeta era um lugar muito mais quente do que hoje e os dinossauros ainda dominavam. No entanto, assegura Brasier, as aranhas desta época são familiares directas das actuais e comuns aranhas de jardim: “Distinguem-se por deixarem poucas gotas de cola ao longo dos fios da teia para poderem capturar as suas presas”.

A teia chegou até aos nossos dias porque ficou presa em resina de árvores. Provavelmente devido a danos causados por um incêndio. O âmbar acabou por se ir afundar num grande lago e só agora, depois de muitos anos de erosão e de elevação do terreno, regressou à superfície.

Até ao momento, apenas uma parte do depósito foi analisado. Os cientistas de Oxford acreditam que ainda podem encontrar elementos muito interessantes, até porque estão a utilizar novas técnicas de imagem utilizadas na paleontologia.

Artigo: First report of amber with spider webs and microbial inclusions from the earliest Cretaceous (c. 140 Ma) of Hastings, Sussex

Fonte: Ciência Hoje

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