domingo, maio 03, 2009

Cientistas negam a teoria de extinção por queda de meteoro


Replicação do post via Dinossauros ! O Blog do Ikesaurus ! by Ikessauro on 4/27/09


No fim do Cretáceo, há cerca de 65 milhões de anos houve uma enorme extinção em massa, que dizimou diversos grupos de animais e plantas. A teoria mais aceita para explicar isto é a queda de um asteróide na península de Yucatán no México, que formou uma cratera de 180 quilômetros de diâmetro, nomeada de Cratera de Chicxulub, correto? Não a partir de hoje! Pesquisadores começam a duvidar que o meteoro tenha causado isto.

Para contrariar a teoria que há anos é a mais aceita, os pesquisadores publicaram um artigo no Journal of the Geological Society, afirmando que o asteróide caiu pelo menos 300 mil anos antes da extinção.
Gerta Keller, da Universidade Princeton - Estados Unidos, é uma das principais opositoras da teoria do meteoro, então usando análises das rochas, mais precisamente das camadas sedimentares, ela e seus colegas reuniram informações sobre as camadas do local em questão, para tentar provar que a extinção não coincide com o meteoro. Os dois eventos podem não ter qualquer relação", disse Richard Lane, diretor da Divisão de Ciências da Terra da National Science Foundation (NSF), que apoiou o estudo.

"Verificamos que entre 4 e 9 metros de sedimentos foram depositados a cerca de 2 ou 3 centímetros a cada mil anos após o impacto. O nível da extinção em massa pode ser observado em sedimentos bem acima desse intervalo", disse Gerta.

Os estudiosos que defendem a teoria do impacto de Chicxulub dizem que o evento de extinção, conhecido como Evento K-T (Cretáceo - Terciário), e a queda do corpo celeste no golfo do México não estão próximos no registro sedimentar porque os terremotos e tsunamis causados no impacto alteraram a posição das camadas sedimentares do local, deixando um "espaço" de tempo entre os eventos.

No entanto, Keller diz que se isto realmente houvesse ocorrido, existiriam indícios, pois o arenito das camadas não foi depositado como está hoje em apenas algumas horas, mas sim durante milhões de anos. O estudo verificou que os sedimentos que separam os dois eventos são característicos de sedimentação normal, sem evidência de distúrbios estruturais.

Outro indício de que o meteoro não causou tanto estrago, foi a diversidade de espécies existentes antes e depois do impacto. Fósseis encontrados que datam de antes da queda do meteoro somam pelo menos 52 espécies diferentes. Análises nas camadas que se formaram depois da queda, demonstraram que elas também contém as mesmas 52 espécies de animais, ou seja, o meteoro não extinguiu quase nada.

Segundo a pesquisadora Gerta, não há indícios de que o impacto causou extinção de uma espécie e que a extinção pode ser resultado de erupções vulcânicas contínuas onde hoje é a Índia, o que teria liberado muitos gases e poeira que impediam a luz solar de penetrar na crosta terrestre, causando um efeito estufa devastador.



Sem comentários: