Os plesiossauros são um grupo de répteis marinhos que viveram no era Mesozóica, entre os 220 milhões de anos e os 65 milhões de anos atrás, tendo-se extinto ao mesmo tempo que os dinossauros.
Plesiosaurus, por Xavier MacPherson (Concurso Internacional de Ilustração de Dinossauros do Museu da Lourinhã)
Apesar do nome também terminar em “ssauros” e de serem contemporâneos dos dinossauros, são apenas primos muitíssimo afastados destes últimos. Além disso, os plesiossauros dominaram os mares, enquanto que os dinossauros dominavam a terra durante o Mesozóico.
Com cauda curta, corpo largo e barbatanas poderosas, os plesiossauros manobravam as barbatanas de forma a nadarem com uma técnica algo semelhante à dos pinguins de hoje,
que parecem voar dentro de água.
Existiram dois grandes grupos de plesiossauros: os pliossauros, com o pescoço curto e cabeça
grande, e os plesiossauróides de pescoço comprido e uma cabeça pequena. A forma que a maioria
das pessoas mais facilmente associa a um plesiossauro é o mitológico monstro de Loch Ness.
É curioso que muitas vezes tenhamos de recorrer a uma figura mitológica de um animal que não existe e nunca existiu, como o deste lago escocês, para explicarmos o que é um plesiossauro, um animal que existiu, de facto, há milhões de anos.
Os plesiossauróides eram piscívoros, isto é, o seu regime alimentar era essencialmente constituído por peixe. Para caçar o peixe percorriam os oceanos e perseguiam os peixes com o seu enorme pescoço flexível, capturando-os com a boca. Esta estava munida de dentes finos e
recurvados para trás, com fiadas de estrias verticais, de modo a segurar bem os fugidios peixes.
No Cretácico superior (no fim da era Mesozóica) os plesiossauros começaram a ter a companhia de outros gigantes dos oceanos mesozóicos, os mosassauros. Estes répteis eram aparentados aos lagartos monitores, dos quais o actual Dragão de Komodo é um magnífico exemplo.
Locomoviam-se de forma distinta pois usavam o ondular da sua enorme cauda achatada lateralmente para propulsar o corpo estreito, enquanto que as barbatanas eram pequenas e eram utilizadas essencialmente para mudar de direcção.
Em Portugal há muito poucos vestígios de plesiossauros.
Para saber mais sobre estes animais pode consultar o resumo sobre os répteis Mesozóicos marinhos (ictiossauros, plesiossauros e mosassauros) de Portugal:
Short review on the marine reptiles of Portugal: ichthyosaurs, plesiosaurs and mosasaurs. Journal of Vertebrate Paleontology. Journal of Vertebrate Paleontology, 27(suppl. to 3): 57A.
Também disponível em http://omateus.googlepages.com/JVP07_supplement_to_3.pdf
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