Artigo de Ciência Hoje
"Octávio Mateus estava a navegar pela Internet quando deu pelo erro. Dois dinossauros classificados em 1905 e 1953, pelos investigadores Richard Lull e Birger Bohlin, repetiam o nome de insectos himenópteros, semelhantes a vespas, nomeados pela primeira vez em 1968. Segundo as regras da nomenclatura zoológica, não são permitidos dois animais com o mesmo nome. Num artigo publicado pela revista científica "Journal of Paleontology", o paleontólogo português corrigiu a repetição: o Diceratops passa a Diceratus e o Microceratops a Microceratus.
As normas ditam que, na classificação das espécies, embora possa haver um animal e uma planta com o mesmo nome não é possível atribuir o mesmo nome a dois animais diferentes. Quando o erro acontece é necessário alterar a o nome mais recente, que neste caso era o dos dinossauros. Octávio Mateus optou por manter uma grafia semelhante à anterior: Diceratus (do grego, di=dois, ceratus=cornos) em vez de Diceratops, e Microceratus (do grego, micro=pequeno, ceratus=cornos) em vez de Microceratops. "Não tinham de estar relacionados com os nomes anteriores mas assim mantém-se uma certa estabilidade, até ao nível intelectual. É mais fácil para os investigadores associar o nome Diceratus a Diceratops", explicou o investigador ao Ciência Hoje. O investigaor é responsável por nove géneros ou espécies de dinossauros, tendo escolhido o nome de todos eles. "Do ponto de vista pessoal, há uma certa alegria quando contribuímos para o conhecimento da biodiversidade. Dar o nome é um dos instrumentos que permitem conhecer melhor a taxinomia das espécies", disse. "
Original de: Ciência Hoje
Imagem foi publicada pelo paleontólogo Hatcher.
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